- Claire... Espera, não foi isso... – Dei as costas e voltei a andar pelo gramado, o céu estava terrivelmente escuro, e a qualquer momento, uma chuva forte ia cair. Mas ali, eu pouco me importava. – Claire, sai daí, vai chover! Claire! – Harry tentou me gritar, mas eu queria que ele sumisse.
Continuei andando em direção ao bosque, soltei meus cabelos e tirei meus sapatos, colocando do lado de uma das árvores.
Vi que Harry vinha atrás de mim, mas continuei andando rápido, e antes mesmo que pudéssemos pensar em correr, a chuva caiu. Mais forte que nunca. Comecei a rir. Sem motivos aparentes, e mesmo no bosque, podíamos ver o saguão ficar todo colorido. A festa de boas vindas estava começando. Ao longe, podíamos ouvir uma música doce.
Parei e abri os braços, sentindo a chuva forte bater contra o meu corpo.
- Achei que você ia se esconder em um arbusto. – Abri um sorriso, ainda de costas pra ele. Respirei fundo e abri a boca.
- Sabe quando você pensa... – Me virei pra ele, mantendo meus olhos fechados. – que tudo ao seu redor, os problemas, as tristezas, as angustias, e todo o resto, são tão grandes que são impossíveis de combater? – Abri os olhos e ele concordou, se aproximando. – Isso não existe.
- Quer explicar? – Sorri e ele se aproximou mais.
- Olha ao seu redor, Harry, você consegue pensar em algum problema que seja tão ruim ao ponto de privar alguém dessas coisas? – Ele negou, me olhando, perto, mas longe o suficiente.- Abre os braços, Harry.
- Eu não vou abrir os braços, Cla. – Me aproximei lentamente dele e grudei minhas mãos em seus pulsos, erguendo seus próprios braços.
- Anda, agora fecha os olhos.
- Você está tão bêbada assim? – Abaixei a cabeça e ri.
- Fecha os olhos. – Ele fechou e eu o puxei pra perto do lago. – Você não vai me jogar numa espécie de buraco, vai?
- Hoje não. – O puxei pra mais perto da água e ele quase abriu os olhos quando sentiu a água quente molhar seus tênis. – Sh, não abre agora. Confia em mim. – Ele veio, a água milagrosamente quente cobrindo o corpo dele. Nenhum sinal de Danny, Karol, Tom, Katie. ou sequer Dougie.
- Cla, você vai me afogar.
- Fica quieto. – Minhas mãos alcançaram o fim da camisa dele e eu a subi lentamente. Jogando-a na areia.
- Você já pode abrir os olhos. – Sua voz estava mais perto do que eu imaginava. Meu corpo inteiro se arrepiou e eu imaginei se estava sonhando.
- Acho que essa chuva não vai passar nunca. – Ele me olhou nos olhos profundamente.
- Você sente falta? – Meu olhar desviou do céu pra encarar Harry.
- Todos os dias.
- Por que você foi embora, Claire? – Abaixei a cabeça.
- Não posso falar sobre isso, Harry.
- Não pode ou não quer, Cla? – A chuva continuava a cair fortemente, e senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas segurei o máximo que pude.
- Eu não posso. – O olhei nos olhos mais uma vez. – Eu prometo que um dia, você vai saber de tudo. Na hora certa. – Ele abriu um sorriso lateral.
- Estamos embaixo da chuva, dentro de um lago, em Cannes, sozinhos, você acha que pode existir um momento melhor que esse? – Uma gargalhada escapou pelos meus lábios e senti a mão de Harry envolver a minha nuca. – Você está bêbada?
- Não.
- Ótimo. – Senti os lábios de Harry nos meus, fervorosamente, como se essa fosse a última vez que nos beijaríamos assim. Agarrei em sua nuca, nossos corpos pareciam um só à quem visse ao longe. As mãos dele estavam abertas nas minhas costas, e eu sabia que mesmo que estivéssemos apaixonados, seria uma exceção, nada desse tipo aconteceria com frequência, ou sequer aconteceria de novo.
Continuei andando em direção ao bosque, soltei meus cabelos e tirei meus sapatos, colocando do lado de uma das árvores.
Vi que Harry vinha atrás de mim, mas continuei andando rápido, e antes mesmo que pudéssemos pensar em correr, a chuva caiu. Mais forte que nunca. Comecei a rir. Sem motivos aparentes, e mesmo no bosque, podíamos ver o saguão ficar todo colorido. A festa de boas vindas estava começando. Ao longe, podíamos ouvir uma música doce.
Parei e abri os braços, sentindo a chuva forte bater contra o meu corpo.
- Achei que você ia se esconder em um arbusto. – Abri um sorriso, ainda de costas pra ele. Respirei fundo e abri a boca.
- Sabe quando você pensa... – Me virei pra ele, mantendo meus olhos fechados. – que tudo ao seu redor, os problemas, as tristezas, as angustias, e todo o resto, são tão grandes que são impossíveis de combater? – Abri os olhos e ele concordou, se aproximando. – Isso não existe.
- Quer explicar? – Sorri e ele se aproximou mais.
- Olha ao seu redor, Harry, você consegue pensar em algum problema que seja tão ruim ao ponto de privar alguém dessas coisas? – Ele negou, me olhando, perto, mas longe o suficiente.- Abre os braços, Harry.
- Eu não vou abrir os braços, Cla. – Me aproximei lentamente dele e grudei minhas mãos em seus pulsos, erguendo seus próprios braços.
- Anda, agora fecha os olhos.
- Você está tão bêbada assim? – Abaixei a cabeça e ri.
- Fecha os olhos. – Ele fechou e eu o puxei pra perto do lago. – Você não vai me jogar numa espécie de buraco, vai?
- Hoje não. – O puxei pra mais perto da água e ele quase abriu os olhos quando sentiu a água quente molhar seus tênis. – Sh, não abre agora. Confia em mim. – Ele veio, a água milagrosamente quente cobrindo o corpo dele. Nenhum sinal de Danny, Karol, Tom, Katie. ou sequer Dougie.
- Cla, você vai me afogar.
- Fica quieto. – Minhas mãos alcançaram o fim da camisa dele e eu a subi lentamente. Jogando-a na areia.
- Você já pode abrir os olhos. – Sua voz estava mais perto do que eu imaginava. Meu corpo inteiro se arrepiou e eu imaginei se estava sonhando.
- Acho que essa chuva não vai passar nunca. – Ele me olhou nos olhos profundamente.
- Você sente falta? – Meu olhar desviou do céu pra encarar Harry.
- Todos os dias.
- Por que você foi embora, Claire? – Abaixei a cabeça.
- Não posso falar sobre isso, Harry.
- Não pode ou não quer, Cla? – A chuva continuava a cair fortemente, e senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas segurei o máximo que pude.
- Eu não posso. – O olhei nos olhos mais uma vez. – Eu prometo que um dia, você vai saber de tudo. Na hora certa. – Ele abriu um sorriso lateral.
- Estamos embaixo da chuva, dentro de um lago, em Cannes, sozinhos, você acha que pode existir um momento melhor que esse? – Uma gargalhada escapou pelos meus lábios e senti a mão de Harry envolver a minha nuca. – Você está bêbada?
- Não.
- Ótimo. – Senti os lábios de Harry nos meus, fervorosamente, como se essa fosse a última vez que nos beijaríamos assim. Agarrei em sua nuca, nossos corpos pareciam um só à quem visse ao longe. As mãos dele estavam abertas nas minhas costas, e eu sabia que mesmo que estivéssemos apaixonados, seria uma exceção, nada desse tipo aconteceria com frequência, ou sequer aconteceria de novo.
Is It Too Late? - Platonic
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